quinta-feira, 29 de março de 2012

Televisão Brasileira! Modernidade ou Imoralidade?


 "Millôr", que Deus o tenha!
Um amigo meu do Facebook, Zé Manel, me enviou uma mensagem para que eu fizesse uma postagem sobre a imoralidade que anda a TV brasileira e o resto de nossos canais de comunicação. Como penso da mesma forma e ao ter escrito algo a respeito topei a parada porque antigamente, mas não muito distante, a TV brasileira era uma espécie de formatação dos comportamentos e procedimentos da população. Os programas eram educativos, até seriados e novelas, mesmo que fosse ficção não exagerava em seus conteúdos que pudessem influenciar nos comportamentos. O vocabulário usado na TV era outro, sem baixarias, o que induzia as pessoas a agir de forma respeitadora. Nos anos da chamada “ditadura” todos os veículos de comunicação sofriam uma forte censura executada pelo governo. Só iam ao ar programas previamente filtrados para que seu conteúdo não influenciasse não só politicamente, mas também a ética e a moralidade seus expectadores. O objetivo era bom, mas sua execução muito exagerada. Era como se a população fosse controlada através dos veículos de comunicação, mas de uma coisa se tem certeza, doa a quem doer, a TV daquela época era menos prejudicial no que diz respeito a comportamentos dali copiados. Hoje, como diz um trecho do livro “Renasce Brasil”, “infelizmente, a Televisão brasileira tem estimulado comportamen­tos que levam às graves enfermidades sexuais, a traições conjugais e desilusões que muitas vezes levam alguém para a morte”. Talvez, o pior de tudo, seja o fato de adolescentes estarem gerando filhos bastardos, desprezados e até lançados nas lixeiras públicas. Esta realidade tem assustado significativamente a família brasileira.
A maioria ainda não compreende ao certo a causa de tantas aberra­ções e tragédias, mas já anda desconfiada do exagero da liberdade de expressão principalmente na TV. Um exagero que, inclusive, vem gerando grandes equívocos no campo dos valores humanos e sociais. Se antes tinha um filtro exagerado, hoje não há filtro algum. Saindo “da ditadura e retornando à ‘democracia”, aboliram-se todos os órgãos de censura, digo dos meios de comunicação, porque tem muita censura sendo feita de forma discreta de todos os governos principalmente os de esquerda. Deixamos de ser controlados pelos órgãos de censura, mas somos controlados pelos diretores das TVs e outros tipos de comunicação, que fazem o que bem querem nos induzindo a isso ou aquilo outro com seus programas de cultura e entretenimento como, programas de auditórios, novelas, reportagens tendenciosa e os “Big Brothers” da vida. Em vez de lazer, divertimento e informação, querem induzir o telespectador todas suas fantasias. Como diz outro trecho do livro, “Essa influência, às vezes sutil, tem produzido muito mal à sociedade brasileira”. Observe que a televisão obtém mais ibope quando faz apresentações escandalosas, exóticas, irreverentes e fantasiadas. Logo, a TV prefere artistas, diretores e apresentadores que também tenham estes perfis. Tal preferência influencia a população nessa mesma direção, isto é, na direção da vulgaridade, da indecência, da irresponsabilidade, da fantasia atraente porém destrutiva. Para se praticar a liberdade de expressão nada melhor que a democracia, mas ao contrário que muitos pensam a democracia não é a mãe da liberdade, é apenas uma ferramenta. Ela tanto pode ajudar a prosperar como também pode ajudar a arruinar.
Velhos tempos, Belos dias!
Um povo ingênuo permite aos vigaristas e demagogos a controlarem a democracia, ao contrário de um povo sábio, a livrar-se dos demagogos que querem manipular nossos meios de comunicação. O Pedro Bial, apresentador do Big Brother Brasil, diz em uma entrevista do portal IG que “o Brasil é confuso em relação à moral”. Em uma de suas respostas ele diz: O Big Brother me alimenta pra caramba e me estimula intelectualmente. É como aquele cereal: há mil maneiras de ver e há, principalmente, mil maneiras de não ver também! [risos]. As pessoas não contentes em não ver acham um absurdo e reagem ao programa. Basta mudar o canal! Mas alguma coisa é tão fascinante no BBB que as pessoas amam odiá-lo”. Pois bem, se ele tem a razão dele, deveríamos ter a nossa também. Quando um cidadão entender que o programa de uma determinada emissora, induziu, estimulou ou influenciou seu filho ou sua filha menor, à prostituição, à gravidez indesejada, ao envolvi­mento com drogas, à destruição familiar, à marginalidade e outros, ele deve ter o direito de solicitar uma indenização compatível com o prejuízo moral, econômico e físico relativo ao respectivo caso. Independente ser um ato de ditadura ou democracia disfarçada tem que se criar um órgão fiscalizador para disciplinar os veículos de comunicação para evitar eventuais conseqüências maléficas para a população em geral. Esta sugestão pode não ser a melhor opção, mas alguma coisa deve ser feita para que nossos meios de comunicação, principalmente a televisão seja menos vulgar e mais útil à população. Ta aí Zé Manel, não sei se você concorda comigo, mas é assim que eu penso sobre o tema. Dê sua opinião abaixo e até a próxima.
Email principal: edudoroteu@gmail.com Facebook: Zé Duda


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